Em Malanje é frequente registar-se casos de suicídio, de forma assustadora.


Por: Ventura António

Dos casos, o que mais agudizou-se foi a morte do jovem Hosana também por motivos ainda não esclarecidos, uma semana depois foi a morte de Leonel Dembue, um ex funcionário do Banco Sol, que tirou a sua própria vida, por motivos até agora desconhecidos oficialmente, mas populares alegam haver algum mau estar na empresa a que operava!

Em menos de uma semana mais um suicídio, desta vez na Quizanga um jovem de nome Manico que tirou a vida por possíveis motivos passionais e com motivos próximos mais um jovem no Campo de avaliação, que terá sido traído pela namorada.

É preocupante? Sim, o é, mas o que estará na base? O que se pode fazer?

Enquanto sociólogo e por meios de algumas pesquisas chegou-se as seguintes reações:

1- O vanglória, o indivíduo quando se vangloria achando que a sociedade não lhe pode ouvir e não tem praticamente nada para lhe oferecer e que essa não está apta para lhe repreender, para evitar uma possível humilhação é tirar a vida, para não enfrentar a vergonha social.

2- A vergonha de as pessoas (sociedade) conhecerem uma realidade diferente da que o suicida mostrara para a sociedade ou por este ter ostentado algum nível de vida que não vai de encontro com a sua realidade humilde.

Não suportaria dar de frente com  o juízo da sociedade, “como as pessoas vão falar de mim?” Esse por sinal, chega a ser a questão na cabeça do suicida. Numa sociedade de julgamentos os solitários julgam a melhor forma de resolução de problemas é desparecer.

3- A solidão, é frequente as pessoas preferirem ficar só, tendo em mente que sozinha é melhor, sem ter com quem 
desabafar, quando ele mesmo se aconselha e o conselho for de desaparecer, então assim se faz!

É um perigo os pais e familiares permitirem em extremo as pessoas ficarem sozinhas, que se cultive o hábito de partilhar com as pessoas e com os pais melhor para evitarmos essas regiões de solidão que fazem as pessoas pensarem que a solução é partir, achando que não há quem lhe possa ouvir.

4- O alfabetismo financeiro e o desemprego, quando um indivíduo não tem educação forneceria do tipo, gastar com necessidades e a não mexer no que não lhe pertence financeiramente falando, viscoso pelo dinheiro é perigo, é preciso que a sociedade tenha em alerta a educação de seus membros para se evitar esses acontecimentos.

O desemprego é um outro factor que leva a pessoa a tirar a sua própria vida, por falta de receitas muitas vezes para suprir necessidades pessoais ou familiares, do tipo, quando a pessoa vê que não conseguirá resolver tal problema a saída é desaparecer.

O que fazer diante desta problemática?

É bom que as famílias, os cientistas e todas outras forças vivas da sociedade criem políticas de educação para a humildade de forma a minimizar a vanglória, as pessoas precisam aprender a ser humildes.

Com relação a vergonha, o bom é que essas façam com que as pessoas aprendam a pagar pelos erros cometidos e enfrentar a vergonha dos seus atos, se isso for uma realidade evitamos jovens chorões e formamos batalhadores!

Que as pessoas tenham sempre alguém com quem contar, desabafando tudo que venham acontecer, sentir-se excluído não é bom, viver só desenvolve ao indivíduo uma série de pensamentos não muito abonatórios, muitos deles são fúteis. Aos pais devem conquistar a confiança dos filhos, não criando barreiras!

 Não se pode mexer ao que não é nossa pertença, que a sociedade aprenda a não mexer em coisas ilícitas!

Sabemos que o desemprego é uma enfermidade social muito perigosa na medida em que a fome é um motivador de desobediência, imoralidade e muitos outros males, que o governo abra espaço para iniciativa privada e que se mude o panorama actual de constituição de empresas, é preciso criar linhas de crédito e financiamento a iniciativas.